"O nome do Hotel é de uma família de dinamarqueses que para aqui imigrou no séc. XVII. Hotel confortável e relativamente barato: 5,50 diária (165,00) só para dormir (despesa por conta da S. M.)" |
Albany, Estado de New York
7-4-51 Ops! Ele errou o ano!
Minha querida Ilza:
The Ten Eyeck Hotel |
Há prédios lindos, de arquitetura e estilo gótico e gregoriano. Algumas casas têm estilo dinamarquês, resto dos primeiros habitantes dessa raça que aqui se estabeleceram.
Porto de Albany |
Os campos estão começando a enverdecer, mas as árvores frutíferas, de chácaras ao longo da estrada de ferro por onde passamos, ainda estão secas.
Interior do Estado de Nova York |
Os rios e riachos, alguns correndo sobre leitos de cascalho, são outra nota curiosa e alegre no cenário deste Estado.
(Começou escrevendo num dia e terminou no outro)
Muitas árvores ao longo da estrada e na cidade, também ao longo da magnífica estrada que, hoje dia 8 , nos conduziu à alegre, embora pequena, cidade de Schenectady, sede da General Electric, cujo páteo para estacionamento dos carros dos empregados, deve ser 3 vezes maior que a P. da Sé.
O americano não liga para automóvel: ele o tem como simples objeto de uso diário, digamos, como uma capa ou sobretudo. Ninguém conversa “sobre o seu carro”, nem o carro se torna uma obcessão, como aí acontece com os donos de automóveis.
Ao passear, hoje, de carro, pela cidade de Schenectady, como ôntem aconteceu com a de Albany, através dos bairros residenciais, a gente só tem expressões de entusiasmo e admiração por estas belas, largas e sempre arborizadas ruas, cujas casas, embora de madeira, mas tão alegres, espaçosas, sem muros ou grades, devem ser mais lindas ainda no verão ou mais tarde na primavera, quando então estas árvore, hoje secas, completarão o cenário magnífico do conforto.
Sede da GE em Schnectady, NY |
Nunca vi tanto carro junto!
E disseram-me que todos aqueles 1000 (talvez?) carros pertenciam a empregados, operários, etc. de uma única empresa!
E disseram-me que todos aqueles 1000 (talvez?) carros pertenciam a empregados, operários, etc. de uma única empresa!
Disseram-me que, às 4,30 h., quando a fábrica pára o turno do dia, a cidade fica congestionada durante uma hora. Muita gente que tem automóvel evita cruzar a cidade nessa hora de movimento.
Apenas um cartão postal qualquer, não é o que ele enviou. |
Aí vai um cartão com vista de Albany, que, nestes 4 dias, vai ser nosso quartel-general, pois, daqui iremos diariamente e regressaremos ao Hotel, às cidades de Schenectady, Troy, Utica e Rochester.
São pequenas cidades em população (100.000 em média) mas com todo o conforto de grandes cidades, lojas magníficas, hotéis, ruas pavimentadas e cheias de gente bem vestida, além de que, como em toda parte neste país, automóveis em número considerável!
O americano não liga para automóvel: ele o tem como simples objeto de uso diário, digamos, como uma capa ou sobretudo. Ninguém conversa “sobre o seu carro”, nem o carro se torna uma obcessão, como aí acontece com os donos de automóveis.
Ao passear, hoje, de carro, pela cidade de Schenectady, como ôntem aconteceu com a de Albany, através dos bairros residenciais, a gente só tem expressões de entusiasmo e admiração por estas belas, largas e sempre arborizadas ruas, cujas casas, embora de madeira, mas tão alegres, espaçosas, sem muros ou grades, devem ser mais lindas ainda no verão ou mais tarde na primavera, quando então estas árvore, hoje secas, completarão o cenário magnífico do conforto.
Ficarei aqui até 5ª à noite, quando voltarei a Corning, para, então, na semana vindoura, se não houver novo adiantamento acho que ele queria dizer "adiamento", partir para o Canadá.
Continue escrevendo para Corning, como até aqui, porque o pessoal encaminhará a correspondência para lá.
Ontem à noite, aqui numa loja desta cidade, achei um rádio de cabeceira por $12.00, que comprei para Marília.
Continue escrevendo para Corning, como até aqui, porque o pessoal encaminhará a correspondência para lá.
Ontem à noite, aqui numa loja desta cidade, achei um rádio de cabeceira por $12.00, que comprei para Marília.
Não, esse não é ele. |
Nas minhas visitas aos distribuidores de Pyrex e grandes lojas em companhia do meu companheiro, Mr. Rutan, tenho sido recebido, como é tradicional aqui, com toda a atenção e amabilidade, bem reveladoras do caráter educado deste povo.
Interessam-se pelo Brasil, (embora não saibam nada do nosso país) perguntam pelos índios, a língua que falamos (muitos pensam que é espanhol) e admiram-se com o preço dos automóveis aí, quando calculo o dólar a 20.00 para melhor explicar!
NOOOSSAAA! QUE DIFERENÇA DE HOJE EM DIA, HEIN!?
Beijos e abraços às crianças.
Esta carta é só de impressões de viagem ao interior.
Vou bem de saúde.
A comida aqui está mais agradável.
Esta carta é só de impressões de viagem ao interior.
Vou bem de saúde.
A comida aqui está mais agradável.
Do seu Homero
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